Atingido por uma granada de morteiro quando ainda se encontrava no solo, perdeu a vida o 2.º sargento piloto Abílio Marques Silvestre. Este piloto encontrava-se ao serviço do Gabinete do Plano do Zambeze, tripulando um helicóptero Agusta Bell Jet Ranger com a matrícula CR-AGRF.
Credito da foto: Blog Voando em Mozambique
Maria Laurinda Rodrigues Moreira Silvestre
ResponderEliminarApesar dos muitos anos que já passaram tive a oportunidade de ler este site enviado pelo meu filho que tinha 23 meses quando o pai morreu, assim como a irmã que tinha 4 meses.
ResponderEliminarAlguem imagina a dôr...?
Alguem me procurou de algum serviço...?
Não havia psicólogos nem assistentes sociais nos serviços...!
Nem padres nas igrejas...!
Sem Trabalho, sem curso superior, sem casa
4 anos de isolamento em casa dos pais, incapaz de organizar o futuro
Ao fim de 4 anos de endurecimento psicológico, com uma jura de nunca mais chorar, arranjei forças para fazer o meu curso de Assistente Social, fazer uma casa em Queijas e arranjar trabalho
Ao fim de 53 anos, publiquei um livro
Devia essa gratidão ao meu marido, Abilio Marques Silvestre, piloto no Gabinete do Plano do Zambeze em Moçambique , alvejado quando protegia uma coluna militar, perto de Cabora Bassa
Tinha um dever para com os meus filhos que não tiveram o previlégio de ter um pai como companheiro
E um reconhecimento para comigo por conseguir atravessar um deserto que não desejo a ninguem
Como objetivo desejava muito que este livro, que foi escrito com a alma, pudesse chegar às mãos de todas as mulheres (ou homens) que viveram um episódio semelhante. Assim como aos políticos que a dada altura resolveram retirar-nos a ADSE, por acharem que era demais o esforço, que por direito merecíamos, ter este "previlégio"
A Segurança Social foi o "prémio" disponivel para nós.
Assim, o livro "Viúvas da Guerra do Ultramar" foi editado pela Oficina do Livro e no dia de PORTUGAL estarei às 15h na feira do livro.
Bem hajam
Maria Laurinda Silvestre